quarta-feira, 7 de agosto de 2013

INVERNO 2013 (CANANEIA, VILA DE SANTA MARIA, ARIRI, MANDIRA

Vejam as fotos e acompanhem o relato, e você irá viajar junto com a gente.

Fotos Marcia Colevati


Fotos Iza Vieira


Diário de bordo
Ariri – Cananéia SP - 03 e 04/08/13.

Participantes:
Amarok Saveirão – Serjão, Adele e Gabi
Camper – Ghetti e Sabrina
Hilux – Prego e Sandra
Hilux – Vagner e Meire
Hilux – Tita, Márcia, Bárbara e Junior
Montana - Mauro e Iza
Pajero - Magoo, Téia, Clarinha e Lola
Ranger - Joãoponeiz, Ligia, Vivi e Marcelo
XTerra Caveirão – Téo e Kika

SAIDA DO COMBOIO AS 8:00HS.”
Rsrsrs, cheguei 8:30, acho que saímos as 9:00hs. Mas, avisei do caminho que podiam seguir que eu os alcançava, então não foi culpa minha! rsrs
O japinha acelerado sumiu na frente rsrsrs, juntamos comboio na saída da rodovia entrando para Pariquera-Açú. Parada básica pra abastecer e o grupo seguiu.
Dia bonito, ensolarado, rapidinho chegamos a Itapitangui, a galera seguiu e eu comecei a distribuir ração pros doguinhos magrinhos que achei no caminho.
Assim que começaram a aparecer casas a galera também já começou a distribuição das roupas. Tivemos uma boa ajuda nas doações e pudemos distribuir sem “miguelagem” rsrsrs.
Alimentando cãezinhos e aquecendo os moradores seguimos lentamente até chegar na BB2 (desativada), paramos para um lanche, pois já eram 12:00hs, comentei com Vagner e Meire da situação de uma casa que encontramos no caminho, em frente a casa da Lidia, (muitos de vcs  conhecem a Lidia que tem 8 crianças) 3 casebres, várias crianças onde uma delas é dow, outra com um galo/machucado enorme na testa, outra no colo com bronquite e a mãe com uma barriga esperando mais um bb, além de vários cãezinhos magros. É uma situação tão difícil de viver e de se ver, acho que se pudermos toda vez que voltar por lá, um saco de arroz e um pacote de bolachas fariam muita diferença na vida de cada uma daquelas pessoas.
Após o lanche seguimos nosso caminho, cada um parando numa casa, as pessoas já nos conhece e veem ao nosso encontro com sorriso em agradecimento por lembrarmos um pouquinho deles.
Num ponto encontramos Vagner parado arrumando a carga para ficar mais fácil a distribuição, resolvemos espera-lo e paramos um pouco mais a frente pra um xixi básico, o Tita desce da hilux e vê uma cobra morta na beira da estrada, a coitada aparentemente tinha acabado de ser atropelada, achamos ser uma caninana com aproximadamente 1,835m medido com uma trena “barométrica” kkkkk, apesar de brava esta cobra não é peçonhenta. Como ela estava inteira e sem machucados aparente resolvi traze-la e doar ao Instituto Butantã, eles aceitam, pois o acervo que eles tinham praticamente acabou com incêndio que tiveram recentemente. Eu com um graveto tentando equilibrar a cobra, Magoo pega ela com as mãos, enrola e põe num saco de gelo que arrumei rsrsrs, mó ruim o couro da cobra e Magoo nem ai, até comentou de faze rmos um churrasquinho com a coitada rsrsrsr Ela ficou no gelo na caçamba e na volta a coloquei na caixa térmica dentro do carro para preserva-la o máximo.
Seguimos e continuamos com a distribuição. Apesar de ser inverno a mata está bem verde, tem chovido muito e a região tá linda. Chegamos à escola em Vila Santa Maria de Baixo e fizemos mais uma organização nas viaturas, começaríamos a distribuir os cobertores nesta volta, pois não são muitos e priorizamos os mais necessitados. Ainda havia muita roupa, as meninas espalharam tudo na mesa da escola e fizeram a separação. Vagner conseguiu doação de uma loja e ele e Meire também reorganizaram a carga.
Clarinha e Laurinha adoram os brinquedos da escola, primeira visita da família Magoo naquelas bandas. O brinquedo do parque que doamos há 2 anos esta lá, gasto, bem usado e em perfeitas condições, fico orgulhosa em ver que nosso trabalho está sendo útil.
Comboio seguiu e continuamos a distribuir alimento, roupas e cobertores. Iza e Mauro levaram alguns brinquedos e alguns alimentos que também foi dividido entre os mais necessitados, difícil escolher a quem entregar, pois a maioria vive em condições bem precárias.
Gente carente, doguinhos magrinhos pelo caminho e fomos até a casa da Dona Tuca, pra quem não conhece ela é a parteira da região, conhece cada morador da vila, tem filho especial, mora do lado de lá do rio e tem uma ponte pênsil pra atravessar que esta em situação deplorável. Nosso próximo objetivo, consertar/refazer esta ponte, pois Dona Tuca é um exemplo de humanidade, ajuda a todos que a procuram, mora numa situação de dar dó, mas nos recebe com carinho, sorriso no rosto e ainda faz questão de arrumar algo pra retribuir nossa visita, como ele planta, torra e mói seu próprio café, pede pra Kikinha separar em saquinhos um pouco do pó de café pra cada um do grupo levar um pouquinho. Seus cães não são magros e são super dengosos, parecem com o Chicão do Téo e Kika, Vivi e Marcelo ficaram no mai or chamego com um deles que dá e pede carinho rsrsrs, tem 2 gatinhos que Prego ficou “pajeando” enquanto eles saboreavam a ração de doguinhos srrsrs.  
Serjão OGRO que é rsrsrs não quis passar na ponte, ficou no meio do rio jogando água em quem passava rsrsrs. Sabrina e Adele usaram a desculpa de que alguém tem que ter juízo na família e não quiseram atravessar a ponte “balangando” rsrsrs
Deixamos sacolas com roupas e sapatos com Dona Tuca para ela distribuir da forma que achar justa e seguimos nosso caminho, todos com o sentimento de voltar e ajudar a consertar/refazer aquela ponte e dar um pouco mais de segurança ao casal que além da idade tem um filho especial que não enxerga, mas que consegue distinguir tudo que colocamos em suas mãos.
Todos foram seguindo na distribuição, eu parei na casa da Dona Erotildes, uma senhorinha que está sempre descalça, vestidos surrados e sujos, que cozinha num caldeirão pendurado sobre uma fogueira, sua casa praticamente sem móveis e seus cães magros, mas carinhosos. Toda vez que vou lá, levo uma cesta básica pra ela, existem pessoas que mexem mais em meu coração e Dona Erotildes é uma delas, levo “coisinhas” pra ela. Deixei um cobertor usado que levei e algumas roupas, disse que logo os amigos trariam mais roupas ao que ela responde: - Não preciso de roupas, as que tenho já me bastam, deem aos outros, preciso mesmo é de cobertor pois tem feito muito frio por aqui ultimamente. Escrevi o que entendi, mas as palavras dela foram outras, pois metade do que diz quase não entendo rsrsrs. Diz morar “suzin ha” e não precisar de muito.  Nos despedimos e seguimos.
Iza e Mauro foram a frente distribuindo e ração e eu reservei um pouco pra distribuir no outro dia na volta.
Eita que o bar da Dona Maria é maravilhoso, só quem conhece sabe do que tô falando! Rsrsr
Petiscos, biritas, jantar, muita conversa, brincadeira e zoação, já era tarde (21:30hs rsrsrsr) quando fomos dormir kkkk, pra quem acordou as 4:30 hs da matina, estávamos quebrados!
Caí na cama e acordei com os velhinhos que não dormem, kkkk, afe, 6 horas da manhã a terceira idade já tá de pé. Kkkkkk
No café é só zoação, chega um amigo que nem é de muita brincadeira e começa a falar de brioches kkkkk, vejam o filme do Téo e saibam mais sobre esta criatura e esta iguaria portuguesa kkkkkk.
Ficamos “enrolando” um tempão rsrsr e saímos em comboio novamente, deixamos roupas com Dona Maria que nos informou ter uma comunidade muito carente do outro lado do canal, que pegaria um barco e levaria as doações até esse povo que também necessita de muita ajuda.
Saímos as 9:30hs e as 11:30 chegamos em Pirapitangui onde nos despedimos da Iza e Joãoponeiz, que tinham compromisso e não poderiam seguir com a gente. João falou pra irmos tranquilos, pois a maré nesta época do ano não sobe.
Seguimos pra Cananéia e pegamos a balsa, nada de ver boto na ida. Chegamos à praia e o mar estava revolto, uma ressaca danada, as ondas vinham quebrar no mato, nada de areia pra gente rodar. Ah joãoponeiz, tranquilo né? Kkkkkk Demos meia volta e fomos almoçar no Bacharel em Cananéia, Magoo vai ter que voltar outras vezes pra brincar um pouquinho nas areias do mar. O bom foi que na volta conseguimos avistar botos no mar enquanto atravessávamos na balsa, valeu!
Comida boa, papo animado. Saímos as 15:30hs. 16:00 na rodovia BR 116, 16:30hs no começo da subida da serra e em 50 minutos estávamos em Juquitiba, volta super tranquila.
Gabi voltou com o pé super inchado por picadas de borrachudo. Eu estou toda coçando por picadas acho que de micuim, não sei onde peguei, mas tá feio de ver rsrsrs.
Mais uma missão cumprida e com gostinho de “quero voltar”!
Você que ajudou nosso muito obrigado, não tem o que pague um sorriso de felicidade!

Iza:
Márcia:
Téo:

Márcia Colevati
“Calor humano não se compra, compartilha”